Nesta semana o blog completa 01 ano de vida (Aeeeww!)! Foram muitas semanas que passamos juntos aqui, com assuntos variados, sempre focados nos conceitos e na resolução de problemas cotidianos. Também tivemos neste primeiro ano muito trabalho como suporte à indústria: Consultorias, mentorias, aulas, fora cuidar do perfil do Instagram.
Nos últimos dois meses porém não consegui postar artigos (Sorry!).
Com o acumulo do trabalho e com a conclusão dos contratos ativos mais ou menos acumuladas no mesmo período, tivemos que pausar o blog e o Instagram.
E com esta experiência, pensei, porque não reiniciar o blog falando sobre este trabalho de suporte à indústria e aos profissionais? Eu sei que, muitas pessoas assim como eu, já pensaram em sair da indústria e partir para a carreira solo.
Será que este é mesmo um caminho fácil e seguro? Antes disso, precisamos entender um pouco sobre os serviços que podemos prestar.
Consultoria.
Este é o tipo de serviço mais conhecido quando falamos de suporte à indústria. Ser consultor é o sonho de muitos profissionais. No frio da palavra, um consultor é uma fonte de conhecimento que será consultada em relação à determinado assunto, aquele que dará as orientações sobre o que deve ser feito.
No meio de alimentos, a consultoria abrange praticamente tudo. Um consultor não apenas orienta, como muitas vezes coloca a mão na massa. Claro que isso varia conforme a empresa e o contrato, mas, principalmente em empresas menores, você vai se sentir como um colaborador mesmo. Visitas, treinamentos, elaboração de documentos, programações, etc.
Nesse sentido, o consultor não deve se ater apenas a ser consultado. Deve estar preparado para fazer.
Isso acontece por falta de mão-de-obra, qualificada ou não. Afinal, contrata-se uma consultoria quando há uma deficiência interna. Ou as pessoas ali não sabem o que fazer, e você sabe, ou elas não tem tempo para fazer, e você tem.
Isso é importante de se avaliar quando se entra neste mercado. Um consultor precisa ter domínio da teoria e também da prática. Não atoa, a maioria dos consultores têm uma experiência consolidada na indústria.
Por esse mesmo motivo, é mais difícil para um recém-formado virar consultor direto.
A vivência em fábrica dá uma bagagem muito boa na solução de problemas em outras fábricas, e por isso não pode ser negligenciada. A experiência ajuda a poupar tempo, e tempo, já sabemos, é dinheiro.
Mentoria.
Para alguns, esta categoria de serviço está englobada dentro da consultoria, e não deixa de ser verdade, mas prefiro separar, pois os focos são distintos.
A mentoria é como a consultoria, só que focada no profissional. Você não é mentor de uma empresa, mas sim de uma pessoa. Um mentor orienta as ações de um profissional, direcionando-o para um resultado. É como um mestre, fazendo analogia com as artes marciais.
O escopo de uma mentoria é mais estreito do que o de uma consultoria e tem foco no desenvolvimento pessoal e profissional de uma pessoa. E este é um ponto importante, enquanto na consultoria nós precisamos entregar um resultado para a empresa, na mentoria a pessoa mentorada é quem vai entregar o resultado.
Isso não torna o trabalho mais fácil, pelo contrário. As competências necessárias aqui vão além do conhecimento técnico sobre algum processo. É preciso saber se comunicar e se conectar com as pessoas.
A experiência conta ainda mais. Um mentorado segue os seus passos. Ele está buscando se aprimorar, e precisa de sua ajuda para não cometer os erros naturais em um caminho de crescimento.
Um mentor ajuda “a cortar um caminho”, mas em minha visão, ele mesmo fez o caminho antes, por isso o conhece. Digo mais, o mentor geralmente viveu os erros, e por isso aprendeu a evitá-los.
Nesse caso a experiência não precisa ser necessariamente industrial. As pessoas carecem de ajuda em diversas partes de sua vida. Saber trabalhar sob pressão, organizar melhor o tempo, montar uma rotina de estudos ou se virar bem com o pacote office.
São exemplos de caminhos em que as pessoas precisam de um guia. Até porque dificilmente uma pessoa será ruim em todas as áreas da vida a ponto de precisar de um mentor de tudo.
Todos temos algo a ensinar
O intuito deste artigo não é desanimar quem quer entrar neste meio, ou mostrar uma fórmula infalível para que você tenha sucesso como consultor/mentor. O objetivo é mostrar um pouco mais deste universo. Existem possibilidades neste mercado.
As indústrias carecem de cérebros, de pessoas que resolvam problemas. Assim também as pessoas que trabalham neste meio.
Entender um pouco mais como funcionam estes serviços ajuda a traçar uma boa estratégia para atender a esta demanda. E por estratégia, entenda “buscar as competências que me faltam para começar a oferecer um serviço útil”.
Todos temos algo para ensinar, para dar em troca. Precisamos apenas acertar a forma como vamos fazer esta troca. Não é todo mundo que tem disposição para estes tipos de trabalho. As vezes nossa melhor forma de ajudar é mesmo trabalhando fixo em uma empresa. Ou talvez este seja aquele passo necessário de ganhar experiência para um trabalho futuro.
Nosso papel na cadeia produtiva, assim como na sociedade, é de ser engrenagem. Por isso as conexões importam tanto. Os contatos que fazemos com outros profissionais, independente da forma, vai sempre permitir que entreguemos o nosso melhor. E todos ganham.
O caminho profissional nunca é fácil ou óbvio. E não podemos esperar um caminho linear, sem falhas. Mas tudo bem, afinal isso também é experiência.