Diário da Jéssica #2: Quando começa a jornada de um profissional de laticínios?

A vida profissional nos apresenta muitos desafios. Seja para conseguir o primeiro emprego ou mesmo bem antes disso, entrar no curso técnico/superior.

A gente se esforça para passar na bendita prova que nos dá o acesso à faculdade. Estudamos por anos para conseguir o diploma. E depois de formados, ainda temos que batalhar pelo primeiro emprego.

E esse talvez seja o maior dos desafios para muitos. Isso porque “só estudar” não é garantia de encontrar um lugar para trabalhar.

Por isso, é importante saber identificar as oportunidades ainda durante o percurso acadêmico. Ainda no curso, podemos traçar estratégias para começar com o pé direito, após ter o diploma na mão. Mas, como fazer isso?

Jornada profissional
Pronto para mais um texto da Jéssica?

Contextualizando…

Antes de mais nada, preciso me apresentar. Me chamo Jéssica e sou casada com o Paulo Henrique, o que talvez não seja novidade para muitos. Mas o que vocês podem não saber é que sou formada em Ciência e Tecnologia de Laticínios pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O que falo nesse texto tem base na minha experiência, não reflete o todo. Até porque não conheço outras escolas a fundo para falar sobre as oportunidades que cada uma dá aos alunos.

Meu intuito com esse texto não é desenhar um caminho, mas sim acender uma luzinha aí para que você perceba como as coisas que estão a sua volta podem te ajudar.

Vamos lá!

Eu entrei no curso no ano de 2009. Foi o último ano que precisava prestar vestibular para ingressar no ensino superior (Depois virou apenas o ENEM).

E porque escolhi esse curso? Particularmente, entrei porque na época eram as provas abertas de química e biologia (coisa de vestibular). Parecia mais fácil para passar.

Confesso que não sabia muito bem do que se tratava de início, apenas que trabalharia com alimentos.

Mas percebi com o tempo que muitos de nós começam sem saber a quê o curso se refere de fato, ou quais serão as oportunidades de trabalho. É no decorrer dos períodos que vamos conhecendo mais. Alguns desistem no meio do caminho e outros se identificam com a área.

Contudo, essa falta de visão é normal. Nós basicamente seguimos o fluxo. Se é o seu caso, relaxe, você ainda vai se encontrar.

Qual caminho seguir?

Para entender a importância de começar a se diferenciar ainda como estudante, precisamos enxergar quais são os possíveis caminhos a frente.

Enquanto eu estava na universidade, enxergava basicamente dois grupos:

  • Os que seguiam carreira acadêmica, e;
  • Os que iam para a indústria.

Sabendo disso, por que é importante se diferenciar? Entre esses dois primeiros caminhos que se apresentam pra nós, um tem uma necessidade diferente do outro. O que fazemos durante a graduação pode facilitar uma entrada no mestrado, doutorado, ou mesmo na indústria.

Não que fazer mestrado te impeça de ir para indústria depois, ou vice-versa. De modo geral, as pessoas que têm uma inclinação acadêmica estão mais predispostas a continuar estudando e seguir esse caminho.

Já outras pessoas não veem a hora de terminar a graduação para trabalhar (meu caso).

E o que me ajudou a ter certeza de qual caminho foram as próprias experiências dentro da universidade.

As oportunidades durante o período acadêmico.

O percurso acadêmico não é linear. Cada aluno tem seu tempo e pode começar a se diferenciar quando entender seu próprio perfil profissional.

Durante o curso existem algumas atividades que ajudam neste entendimento, para que você entenda aquilo que gosta ou não de fazer.

Aqui listo algumas opções:

  • Laboratórios;
  • Empresa Júnior e Centro Acadêmico;
  • Estágios em indústria;
  • Eventos.

Os laboratórios são excelentes para quem gosta de pesquisa e análises. Esses ambientes são um bom teste de vocação para a vida acadêmica. Você não aprende apenas métodos de análises, mas principalmente como funcionam projetos de pesquisa. E estando em um projeto, poderá conseguir publicações que contam pontos para entrar o mestrado.

Mas estar em um laboratório vai te amarrar a vida acadêmica? Não! Procure saber a linha de trabalho. Alguns laboratórios desenvolvem parcerias com empresas, e nesse caso, ajuda no direcionamento industrial.

A Empresa Júnior é um bom começo para quem quer ir para indústria. Algumas empresas prestam serviço de consultoria, sob orientação de um professor. Além de organização de eventos e o contato com algumas empresas “de verdade”, é um ótimo ensaio sobre o que é trabalhar em equipe, delegar funções, cumprir tarefas e horários. Eu mesma participei por 2 anos da Minas Lácteos Assessoria.

Estágios em indústrias são obrigatórios para se formar, mas, quanto antes começar, melhor será para ter noção do que se passa realmente dentro de uma fábrica. O estágio, além de contar como experiência para não cair de paraquedas em uma indústria depois, serve também para mostrar serviço e quem sabe, ser contratado antes de se formar.

Foi durante meu estágio que fui contratada e conto um pouco disso aqui.

E sobre os eventos, independente de qual seja a sua vocação, simplesmente vá! Participar dos eventos da área te deixa conectado com as novidades do setor. E todas estas opções têm uma grande oportunidade em comum:

Contatos!

Explorar esses ambientes de convivência te proporcionam um grande aprendizado e conhecer novas pessoas.

Independente do caminho que quer seguir. Seja acadêmico ou industrial.

São os seus amigos, que convivem contigo nesse período que veem o quanto você se esforça. E estes amigos não precisam ser apenas aqueles que sentam nas mesmas cadeiras que você.

Faça contato com professores, com pessoas da indústria, com pessoas de outros cursos. Veja e seja visto!

Se hoje você estivesse trabalhando e te pedissem uma indicação, quem da sua turma você indicaria?

Se você indica alguém, significa que você está colocando seu nome a frente dela, está garantindo qualidades profissionais daquela pessoa.

Agora me diga, se fosse o contrário, alguém te indicaria? Para te indicar, as pessoas precisam te conhecer. Não se engane, os maiores indicadores, o famoso QI, do seu trabalho são essas pessoas que convivem com você durante o período acadêmico e que abrirão suas primeiras portas.

Mas não seja o “chato” ou o puxa-saco. Você mesmo consegue perceber quando alguém se aproxima só por interesse. A verdade é que todo mundo percebe. Mantenha relações verdadeiras! São elas que te acompanharão durante sua jornada.

E você, já percebeu estas oportunidades? Você, de outro curso ou faculdade, como são as oportunidades no seu curso?

Os contatos estão em dia? Se quiser mais um, siga a gente no linkedin (aqui e aqui) e no Instagram (aqui).

Jéssica Rodrigues
Jéssica Rodrigues

Compartilhando aventuras sobre a vida de uma consultora em alimentos, produtora de conteúdo e fotografa nas horas vagas! :)

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